domingo, 20 de setembro de 2015

O PCdoB e os indígenas: não foi a primeira e nem será a última



Deputado Fernando Furtado (PCdoB). Link de acesso aqui.

O Governo de Flávio Dino (PCdoB) já se envolveu em polêmica anterior com indígenas no Estado. O caso relacionado ao líder indígena Guajajara, Uirauchuene Soares, contudo, não seria o primeiro nem o último onde esse partido fez péssima figura.

Uirauchene foi alvo de ataques do Governo Flávio Dino (PCdoB), quando os índios ocuparam o Plenário da Assembleia cobrando promessas feitas pelo governador.

Desta vez, o suplente de deputado, Fernando Furtado (PCdoB) desferiu violento ataque contra os indígenas do território Awá Guajá.

O fato ocorreu na cidade de São João do Caru, no mês de julho, quando participou de uma Audiência Pública com trabalhadores rurais atingidos pela demarcação da terra indígena.

Em determinada passagem do seu discurso, o pseudo-comunista diz que os índios estavam parecendo "veadinhos" em uma mobilização na cidade de Brasília.

“Lá em Brasília o Arnaldo viu, os índios tudo de camisetinha, tudo arrumadinho, com flechinha, tudo um bando de veadinho. Tinha uns três que eram veado, que eu tenho certeza, veado. Eu não sabia que tinha índio veado, fui sabe naquele dia em Brasília. Então desse jeito que tá, como é que já índio consegue ser veado, ser baitola e não consegue produzir, negativo…”, disse o parlamentar.

O áudio somente foi publicado recentemente, mas comprova que o referido parlamentar não é apenas reacionário de ultra-direita. Ele também é homofóbico.

O problema é que o discurso anti-indígena não é uma novidade no PCdoB.

Na período da demarcação da terra indígena Raposa Terra do Sol, Aldo Rebelo (também do PCdoB) escrevia artigos contra os indígenas daquela região. Entre outras pérolas, ele dizia que a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol era "um grande equívoco que agridia o interesse nacional". 

Rebelo defendia a permanência dos arrozeiros de Roraima na área, argumentando que eles "ocupam a terra e a fazem produzir riquezas em benefício de todos". Atacava os indígenas - a quem chamava de "silvícolas", por impedirem "que floresça a vivificação clássica penosamente iniciada pelos bandeirantes para sinalizar a posse inalienável do território".

Ele chegou até propor um projeto de lei, dispondo que a partir de sua aprovação, toda e qualquer demarcação deveria ser homologada pelo "Congresso Nacional, o primeiro esboço da temível PEC 215, que ainda ameaça os direitos indígenas do país inteiro.

Aldo também foi longe.  Naquele período, desafiou o STF, anunciando visita de solidariedade aos arrozeiros. Os guerrilheiros tombados no Araguaia tremeram em seus túmulos. 

O projeto de Aldo Rebelo, pretendia proibir que os indígenas - os arrozeiros não! - ocupassem a faixa de fronteira, afirmando que os direitos indígenas garantidos pela Constituição de 1988 conflitam com os interesses nacionais, comprometem a soberania da Pátria e ameaçam "implantar no Brasil um Estado multiétnico e uma Nação balcanizada". 

Fernando Furtado e governo Dino estão apenas seguindo a cartilha de Aldo Rebelo.

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